segunda-feira, 25 de junho de 2007

Campanha no SL: “Nem sempre o cliente sabe o que quer”, diz Cris Rother, sócia-diretora da LOV


A FGV realizou nesta segunda-feira, 25, um seminário sobre o Second Life- “Inovando a Comunicação”. Um dos temas abordados foi as oportunidades que o segundo mundo oferece para a campanha publicitária. Vale à pena investir na nova mídia? Cristina Rother, sócia-diretora da LOV, contou o case da TAM, primeira companhia aérea no SL. Em abril, uma festa no céu, que começou às 20h e terminou à 1h, marcou a entrada da companhia. 726 avatares tiveram acesso ao evento, que contou com a presença do presidente da empresa, em pessoa, conduzindo seu próprio avatar. A TAM criou também estandes em diversos países com atendimento especialmente treinado para estar no SL. O retorno da campanha, cujo número de investimento não foi divulgado, está aumentando até hoje. Em dois meses, 12.254 avatares visitaram o estande da TAM só no Brasil.

De acordo com Roberta Alvarenga, sócia-diretora da Cafeína Estúdio, os investimentos publicitários começam, em geral, em 10 mil reais, podendo atingir o valor de 100 mil.
A vida útil da campanha é de, em média, 6 meses. Mas para que o investimento valha à pena, alguns cuidados são necessários.

Cristina enfatiza que (1) o cliente precisa antes definir junto à agência o que realmente quer: retorno de mídia, aumento de cadastro, mind- share... Para então desenvolver a campanha. É necessário (2) pensar de maneira ousada. “Tem que tomar cuidado para não transportar, da mesma forma, as coisas do mundo real para o virtual”. Já que o SL não tem cheiro nem sabor, Amyris Fernandez, doutora em comunicação em meios digitais, sugere: “Você tem que saber usar a linguagem”. A experiência do usuário, segundo Roberta, é o que tem de mais relevante.

Para as campanhas que visam retorno (3), o trabalho da assessoria de imprensa é fundamental. Os especialistas garantem que o retorno de mídia espontânea ainda tem sido o maior valor para as empresas no SL. Lembrando que especialmente num mundo onde tantas coisas acontecem, ganha atenção quem for o primeiro. “Não tem lugar para o segundo lugar. Assim como no surrealismo e no dadaísmo, interessa saber quem foi o primeiro do movimento”, acredita Gil Giardelli, sócio- fundador da Permissiona Inteligência Digital;

“O SL é pouco criativo”, afirma Gil Giardelli

Durante a palestra, Gil Giardelli afirmou que o Second Life é o primeiro game de uma área. Assim como a Internet continuou depois que a bolha estourou, o Second Life passará por transformações. O game, que hoje abriga 7.000 negócios rentáveis e tem um PIB diário de 1 milhão de dólares, na visão de Gil ainda “é pouco criativo”. Para ele, no futuro os avatares viverão em outro planeta sem o conceito de país, de casa ou de carro. Até isso acontecer, seja na first life ou na second, as necessidades do consumidor parecem continuar as mesmas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Aprendi muito