quarta-feira, 25 de abril de 2007

Ibope lança bússola de 15 mil reais


Quer saber se o seu produto está perdendo oportunidades ou se o seu investimento está acima do potencial de consumo? O Ibope apresentou hoje ao mercado seu novo software com capacidade de responder a estas e outras questões fundamentais do marketing. O sistema indica, entre outras coisas, o potencial por classe de consumo de 174 categorias de produto em todos os 5.564 municípios do país. Batizada de "Bússola", em grego Pyxis, a ferramenta pretende justamente dar a direção para empresas, investidores e para os profissionais das agências. "A nossa questão é mapear e entender um pouco melhor estas oportunidades", afirma o diretor executivo do IBOPE Inteligência e coordenador do projeto, Marcelo Coutinho.

A promessa é de que o novo produto facilite o trabalho dos profissionais das agências, que conseguirão calcular automaticamente diversos indicadores de investimento publicitário. "Conforme o tipo de produto, o Pyxis mostra que pode ser interessante realocar parte da verba para regiões com uma maior concentração de consumidores das classes C e D, por exemplo", explica Coutinho. Quem trabalha com a área de Mídia pode agregar os dados de todas as áreas do Ibope, visualizar 93 indicadores sócio- econômicos e importar dados da base da empresa.
O projeto levou 18 meses para ser desenvolvido. A licença, válida por um ano, custa R$ 15 mil, com direito a duas atualizações semestrais. É possível investir apenas este valor anualmente ou adquirir uma consultoria exclusiva. De acordo com os especialistas, a ferramenta é de fácil utilização e compatível com o sistema Office 2007.
O Ibope completou 65 anos em 2007 e comemora o Pyxis como sendo a inauguração de uma nova era. Para Nelson Marangoni, chief executive officer do Ipobe Solution, estratégica e inovação estão no coração deste novo tempo. A nova bússola espera materializar os dois conceitos. A expectativa agora é conseguir adeptos para que o mercado brasileiro navegue com mais precisão.
Algumas descobertas do Pyxis
Setores como Internet (provedores de acesso), Mercado Financeiro e Seguros, Cultura, Lazer e Turismo e Informativo são dominados em mais de 60% pelas classes A/B com apenas 26% dos consumidores nacionais. As classes de alimentação e construção, por outro lado, são as que melhor dialogam com o consumidor C/D (67% do país), que consomem quase 50% de tudo que é produzido.

terça-feira, 17 de abril de 2007

"Anuncie na revista e ganhe um banner em nosso site"

O famoso bordão utilizado em negociações comerciais, tradutor de uma tática de venda bem conhecida no meio impresso será, em breve, banido da estratégia comercial das editoras. O motivo é a aposta no mundo digital como mais uma forma de se ganhar dinheiro. Esse foi o tema discutido hoje em evento promovido pela Anatec. Ou seja, pensar na Internet nos mesmos moldes da versão impressa não é pensar na Internet. O ex-diretor superintendente da Abril Digital, Andrés Bruzzone, recomendou às editoras que construam equipes especializadas independentes em conteúdo e venda de anúncio. "As equipes têm de ser valorizadas igualmente", adverte. O objetivo é valorizar o meio digital, construindo um site que não seja uma extensão da versão impressa.

Utilizar o mesmo conteúdo ou ainda o mesmo comercial compromete a relevância do on line. "O meio parece o mesmo, mas não é". Bruzzone explica que o ciclo, o modelo de negócio e o tipo de envolvimento do público são diferentes. O diretor da empresa curitibana Alternativa Editorial, Valcidio Perotti, compartilha de opinião semelhante sobre a separação dos modelos."Outro benefício é poder definir claramente os custos do seu projeto de Internet", resume. A estratégia está atualmente distante da realidade brasileira, em que grande parte das versões digitais é sustentada pela impressa ou, num cenário mais otimista, não gera lucro. O foco das empresas hoje é sobreviver neste novo cenário. A Internet torna-se uma aliada uma vez que impulsione a venda do off line ou traga anunciantes para o conteúdo exclusivo trancado aos dígitos das senhas.

Andrés acredita que o retorno da Internet pode ir além. E-commerce, venda de conteúdo especializado, criar uma marca forte são algumas das possibilidades que a web oferece. Conteúdo fechado só em caso específico. Quando a marca gera um público com potencial para comprar artigos especializados justifica-se o bloqueio. Na maioria dos casos o modelo pede conteúdo totalmente aberto ou o modelo Freemium. Neste, a marca oferece conteúdo gratuito por algum tempo e em seguida agrega outros novos conteúdos pagos. "A diferença é que você não passa a maltratar quem te prestigiou até então". A vantagem é não gastar budgets altíssimos para fortalecer a marca e conquistar um grande publico. O modelo Freemium, na maioria dos casos, não compromete o interesse do público pelas reportagens impressas como argumentam as editoras. Gera ainda mais relevância. A revista Forbes, por exemplo, que oferece conteúdo aberto, tem apenas 3% do seu público de Internet interessado em ler as matérias da revista.

Publicidade

No Brasil, o mercado publicitário ainda não reagiu. "Trata-se de um mercado reativo, com dificuldade para ousar". O mesmo acontece com o mercado editorial, formado para pensar o conteúdo em páginas impressas. No modelo antigo o conteúdo pertence à empresa. O modelo hoje é diferente. A web 2.0 pede interatividade, mais participação e conteúdo aberto. A aposta de Bruzzone é numa mudança editorial forte, já que os índices brasileiros de Internet são otimistas: somos o 8° país em número de acesso com 17% de penetração (fonte: http://www.internetworldstats.com/top20.htm). Na Inglaterra, por exemplo, a verba de publicidade on line já ultrapassa a de revista. Uma realidade que poderá ser em breve a do Brasil. Conquistar o posto de matéria de capa para internautas e anunciantes pede cuidados exclusivos: aprender a ser relevante e entender que tecnologia é tão fundamental quanto os bons profissionais da redação.

terça-feira, 10 de abril de 2007

Que tal ter uma segunda chance?


“Imagine um mundo onde você pode ser o que quiser, fazer o que desejar e transformar-se naquilo que sempre sonhou!” Com estas palavras, a Kaizen Games e o portal Ig apresentam aos brasileiros a versão nacional do Second Life. Um game lançado em 2003 pela empresa norte-americana Linden Lab virou mania mundial na Internet e, claro, chamou a atenção das agencias de publicidade e das empresas de comunicação. Pessoas são contratadas para estar no Second Life e perceber o que as pessoas querem, quais são seus verdadeiros sonhos e quais suas ambições mais secretas.

Eu diria que o Second Life permite às pessoas a espontaneidade e a ousadia. Decreta o fim do medo de errar. Neste mundo é possível voar, praticar, sem julgamento, o crime que quiser e se relacionar livremente. Um lugar onde a culpa e a moral são deixadas de lado. O superego, como num passe de mágica, deixa de existir. Finalmente um espaço para viver o verdadeiro eu? Não. O verdadeiro eu nem sempre é espontâneo. Teme sim errar e sofre profundamente do mal da culpa. Bem, as questões específicamente filosófica você encontra em um outro endereço: http://firstlife.zip.net/

O meu intuito aqui é registrar as novidades da chamada “Segunda Vida” - presente na TV, na Internet, no celular - e refletir sobre as oportunidades que ela de fato oferece para o mundo corporativo. “Ao entrar no (novo) mundo, você descobrirá um continente digital transbordando em pessoas, entretenimento, experiências e muitas oportunidades. Venha fazer parte desse novo mundo. Nessa segunda vida, seja o que você sempre quis!” ( trecho do texto de apresentação do Second Life Brasil: www.secondlifebrasil.com.br).

Conto com a sua participação!