quarta-feira, 16 de maio de 2007

Publicidade no celular - como será no futuro?


Terminou hoje a sexta edição do Tela Viva Móvel, evento que discutiu a integração entre internet e celular. O desafio deixado para as agencias de publicidade é quais ações, de fato, darão retorno neste novo cenário. Alexandre Fernandes, diretor de produto e serviços da Vivo, revela que haverá migração do mobile marketing para o mobile advertisement, que permite ao usuário dialogar com a empresa. O usuário considera invasivo receber propaganda sem conteúdo ou sem alguma espécie de bonificação, de acordo com uma pesquisa feita no exterior e apresentada por German Montoya, vice-presidente de marketing da Cyclelogic. Quando o assunto for divulgação em massa, o SMS é e continuará sendo o SVA preferido.
Um ponto importante a considerar é que os novos SVAs (Serviços de Valor Agregado), na visão de Gabriel Mendes da Tim, ainda são voltados para cliente premium, o que impede aquecimento maior da nova mídia. "Flutuamos sempre em volta dos mesmos clientes". De qualquer forma, sendo premium ou não, o Brasil tem muito que caminhar para a publicidade adquirir força no novo meio.
Ensinar é um dos pré-requisitos. "O usuário tem que saber como entrar e sair do sistema", observa Alexandre Fernandes. Para ele, investir em estrutura e suporte ao cliente é fundamental. O grande professor, na opinião de Luciano do Valle, da Qualcomm, será a TV móvel, já em operação na Europa e nos EUA. No Brasil, o conteúdo de TV aberta será distribuido gratuitamente no celular. A Qualcomm vende a tecnologia MediaFlo, responsável pela transmissão da mobile TV.
A publicidade, na visão de diversos palestrantes, também será outro importante difusor. Grandes marcas, que já utilizam o novo meio, encontrarão vantagem nos novos SVAs. German Montoya, da Cyclelogic, afirmou que apesar do valor investido ser ainda muito maior, o índice de retorno no celular está entre 30% e 50%.
Em linhas gerais, o cenário brasileiro é de otimismo. Existe um público sedento por este tipo de novidade, mas importantes obstáculos impedem que ela aconteça. A falta da rede 3G, que permite a navegação em banda larga, o alto custo pago pelos usuários e as altas taxas que o governo cobra de operadoras, de empresas de tecnologia e de produtoras de conteúdo são alguns deste entraves. Nada disso parece intimidar. Nos bastidores, o mercado já está aquecido.

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