quarta-feira, 30 de maio de 2007

Conteúdo de qualidade: uma arma para sobreviver


Produzir conteúdo de alta qualidade e distribuí-lo para todas as plataformas de mídia são questões que devem nortear aqueles que pretender sobreviver no mercado de produção áudio-visual e de televisão do mundo todo. Durante palestra hoje de manhã, a primeira do 8° Fórum Brasil- Mercado Internacional de Televisão, Don Browne, presidente da emissora Telemundo, afirmou que o bom conteúdo é, antes de tudo, o grande pólo de atração dos grandes gênios da empresa.

Roteiristas, produtores, diretores e tantos outros profissionais de produção podem proporcionar, inclusive, os avanços tecnológicos. “A tecnologia cuidará de si mesma, por isso temos que nos concentrar no capital humano”. O Brasil, na opinião de Browne, é um dos países mais férteis em talento e criatividade. Parte dos grandes sucessos do Telemundo saiu daqui. Mas a marca brasileira, na opinião dele, ainda é a telenovela.

Além de garantir uma boa equipe, o conteúdo rege também os negócios. A Telemundo, que há 20 anos produz conteúdo hispânico nos EUA, está investindo em um modelo de negócio sem propaganda. Os produtos, neste caso, entrariam com maior força dentro da programação. A idéia aqui é dançar conforme a música que, neste caso, é tocada pelo consumidor. Com as novas plataformas e com os novos formatos de conteúdo é ele quem vai determinar cada vez mais o que e quando vai consumir.

Browne garante que a demanda mundial por conteúdo vai aumentar. Mas como não se perder no meio de tantas tendências? Investindo em pesquisa. “É o sangue venoso da nossa organização”. A Telemundo produz 1.040 horas de programação com roteiro por ano. Grande parte do êxito está em seguir fielmente os passos indicados pelos estudos. Em Los Angeles, a empresa mantém um laboratório de pesquisa intensivo, onde pessoas são levadas para testar produtos em desenvolvimentos. Outra forma de identificar tendências é usar a internet como vitrine. "Preste bem atenção na tela do computador. Tudo estará ali", aposta Browne. Um estudo mostrou que as pessoas consomem hoje nos EUA 14 canais de televisão, antes eram 4. Estar antenado já é uma exigência básica para os profissionais. A guerra pela atenção já está decretada.


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